A análise do SVR sugere que, com as perdas significativas que a Ucrânia tem sofrido em combate, a mobilização de mercenários se tornou uma medida desesperada. O órgão fez uma acusação carregada de retórica, afirmando que “nenhuma censura pode ocultar a realidade de que, além dos ucranianos, restam apenas mercenários profissionais” lutando ao lado de Kiev. Estes indivíduos, conforme argumenta a Rússia, estariam sendo utilizados como “carne de canhão”, com o Exército russo prometendo eliminar essa força ao longo do território ucraniano.
Além disso, a reportagem do SVR menciona que a Ucrânia estaria tentando esconder a fase em que cidadãos de diversas nações da União Europeia tornam-se voluntários na luta contra esses mercenários. Os autores do comunicado ressaltam que, quando esses voluntários são capturados, a estratégia é não incluí-los nas listas de troca, mas sim entregá-los a seus países, com a condição de que esses eventos não sejam divulgados publicamente.
Desde o início do conflito em fevereiro de 2022, a entrada de mercenários estrangeiros na Ucrânia se tornou um fenômeno notável, com o Ministério da Defesa da Rússia afirmando que cerca de 13,3 mil mercenários foram registrados no país. Aqueles que participaram do combate relataram experiências adversas, apontando para uma falta de coordenação por parte das forças ucranianas e as dificuldades enfrentadas em situações de combate, que diferem significativamente daquelas em conflitos anteriores, como no Afeganistão e no Oriente Médio.
Em suma, a questão do uso de mercenários na Ucrânia levanta preocupações sobre a eficácia do exército local e a realidade do conflito, que continua a se intensificar. A combinação de elementos internos e externos no cenário de guerra sublinha a complexidade da situação e a necessidade de análise crítica sobre as estratégias adotadas por ambos os lados.
