O helicóptero caiu em uma região remota do país, desencadeando uma operação de busca e resgate em meio a condições climáticas adversas. Inicialmente a mídia estatal iraniana relatou um “pouso forçado”, porém posteriormente foi confirmado que a aeronave havia caído, colocando a vida de Raisi e de outras seis pessoas em risco.
A morte de Raisi foi anunciada pelo vice-presidente Mohsen Mansouri em postagens nas redes sociais. O governo iraniano estendeu suas condolências ao líder supremo Ali Khamenei e à nação, assegurando que a administração do país continuaria operando sem interrupções.
Raisi, conhecido por seu passado controverso, foi acusado de envolvimento em execuções em massa de prisioneiros políticos nos anos 1980. Seu início na política se deu como procurador-geral e posteriormente em cargos importantes no Judiciário. Apesar de sua derrota em eleições anteriores, ele foi nomeado chefe do Judiciário em 2019, antes de se candidatar e vencer a presidência em 2021.
Durante seu mandato, Raisi implementou reformas para reduzir o número de execuções por crimes relacionados a drogas, mas o Irã continuou sendo um dos países que mais aplicam a pena de morte no mundo. Além disso, ele foi criticado por reprimir dissidentes e processar iranianos com dupla nacionalidade sob acusações de espionagem.
A queda do helicóptero que vitimou o presidente Raisi ocorre em um momento de tensão no Oriente Médio, com potencial diálogo entre EUA e Irã para conter conflitos. Autoridades americanas estão acompanhando de perto o desdobramento do acidente, enquanto o Irã busca lidar com a perda de seu líder no meio de incertezas políticas e econômicas.