No requerimento, assinado pelos deputados Rogério Corrêa (PT-MG) e Lindbergh Farias (PT-RJ), Eduardo Bolsonaro é acusado de obstruir a Justiça e de ameaçar a soberania nacional. As acusações se baseiam na suposta articulação do deputado com membros do Congresso dos Estados Unidos, visando proibir a entrada de Moraes no país. Este movimento ocorre no contexto de críticas de Eduardo em relação à atuação do ministro em processos que envolvem o bloqueio de redes sociais no Brasil, considerados como ações que violam determinações judiciais.
Neste cenário tenso, Eduardo Bolsonaro anunciou que se licenciará temporariamente de seu mandato para morar nos Estados Unidos, alegando que esta medida visa evitar uma suposta perseguição política a que estaria sendo submetido no Brasil. O deputado defendeu sua decisão como uma forma de buscar “justas punições” para Moraes e a Polícia Federal, a qual ele relacionou a um “regime de exceção” em vigor no país.
Essa movimentação acontece em um momento delicado para o ex-presidente Jair Bolsonaro, pai de Eduardo, que enfrenta processos judiciais que podem levar à sua incriminação por supostas tentativas de golpe de Estado. Eduardo Bolsonaro não hesitou em descrever a insurreição de 8 de janeiro de 2023, quando apoiadores de Jair Bolsonaro invadiram a Praça dos Três Poderes, como um “golpe de Estado da Disneylândia”, buscando ironizar a gravidade da situação e enfatizar sua posição de oposição ao governo atual.
A decisão de Moraes e os desdobramentos das ações de Eduardo Bolsonaro refletem o clima polarizado e conturbado da política brasileira nos últimos tempos, com tensões entre diferentes correntes ideológicas e a persistência de conflitos institucionais marcantes.









