O residente descreveu como o ambiente se transformou em um cenário de guerra, com tiros sendo disparados e metralhadoras fazendo eco nas ruas. Ele mencionou a destruição evidente, com a visão de casas em chamas e até mesmo a cena perturbadora de um corpo sem vida no chão. Ele relatou que, ao passar por uma área conhecida como Makhnovka, se deparou com a triste realidade da guerra: um homem caído e uma casa em chamas, um testemunho do impacto devastador do conflito na civilização.
A evacuação da família foi feita de carro, e o morador destacou que, apesar dos perigos, eles consideraram-se sortudos, uma vez que não sofreram ferimentos diretos. Contudo, a cena de um drone atacando seu carro foi um momento de pura adrenalina. “A pintura do carro derreteu, mas estávamos muito gratos por estar vivos”, apontou ele, refletindo sobre a sorte que tiveram em meio ao caos.
Desde a incursão das tropas ucranianas, que se intensificou em 6 de agosto, a região foi colocada em estado de emergência, resultando no deslocamento de mais de 100 mil civis. Diante deste panorama, o governo russo, liderado por Vladimir Putin, prometeu uma resposta severa às ações de Kiev, que foram acusadas de atacar indiscriminadamente alvos civis. A situação na região de Kursk continua a ser tensa, com a população vivendo sob a ameaça constante de novos confrontos e destruições.
O depoimento do morador de Sudzha ilustra não apenas o impacto físico da guerra, mas também as profundas cicatrizes emocionais que essa situação deixa na comunidade, enfatizando as consequências da escalada do conflito em uma área já marcada pelo sofrimento.