Míssil capaz de levar ogiva nuclear é encontrado em garagem nos EUA, próximo a Seattle

A polícia de Bellevue, cidade próxima a Seattle, nos Estados Unidos, atendeu na última sexta-feira a uma ocorrência no mínimo peculiar. Agentes foram alertados por um museu militar sobre uma peça que estava sendo oferecida à instituição, e o que encontraram dentro de uma garagem foi surpreendente: um míssil capaz de levar uma ogiva nuclear.

A história, que parece saída de um roteiro de filme de espionagem, ganhou destaque e chamou a atenção da imprensa local e internacional. Segundo informações da polícia, o míssil foi comprado por um morador em um leilão há alguns anos. Após a morte do dono original, um vizinho encontrou o equipamento abandonado e ligou para o Museu Nacional da Força Aérea em Dayton, no estado de Ohio, oferecendo o item para a instituição. Foi quando os policiais foram acionados e encontraram o míssil não guiado Douglas AIR-2 Genie na garagem.

O míssil, desenvolvido durante a Guerra Fria e capaz de levar uma ogiva nuclear de 1,5 quiloton, foi disparado apenas uma vez, em 1957. Sua produção foi encerrada em 1962. Segundo o esquadrão antibombas, não havia nenhuma ogiva na garagem, tampouco traços de explosivos ou de combustível.

O departamento de polícia de Bellevue utilizou as redes sociais para comentar o ocorrido, fazendo uma referência à música “Rocketman”, de Elton John. “E achamos que passará um longo, longo tempo antes de recebermos uma chamada como essa novamente”, escreveu a polícia no Twitter.

Em entrevista à BBC, um porta-voz da polícia afirmou que o incidente não foi sério, e que o homem que descobriu o míssil no quintal do vizinho está “extremamente irritado” com a atenção que o caso recebeu na imprensa. Apesar do alarde causado pela descoberta, o míssil permanecerá com o morador, que prometeu restaurá-lo antes de doá-lo a um museu.

A peculiaridade da história, que envolve um artefato de guerra da Guerra Fria encontrado por acaso em uma garagem, certamente chama a atenção de curiosos e entusiastas militares. Seja pelo inusitado da descoberta ou pela dimensão histórica do míssil, o caso certamente vai entrar para a lista das ocorrências mais inusitadas do ano.

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