Ministro Padilha busca apoio da bancada evangélica para agenda do governo Lula no Congresso

Nesta quarta-feira, 20 de outubro, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, buscou apoio da Frente Parlamentar Evangélica para a agenda do governo Lula no Congresso. Em uma reunião com integrantes da bancada religiosa, Padilha enfatizou a importância do suporte na pauta econômica e projetos sociais, mas ressaltou que não haveria apoio em questões relacionadas a costumes.

O encontro ocorreu na sala da liderança do PSD na Câmara, um dos partidos da base aliada, e teve como objetivo estreitar o diálogo entre o Executivo e a bancada evangélica. Padilha ressaltou a relevância do comprometimento dos parlamentares evangélicos com a agenda do presidente Lula, destacando a importância do equilíbrio econômico para a recuperação da saúde das contas públicas e o impacto positivo na economia do país.

Em um contexto em que o presidente Lula enfrenta crescente rejeição por parte da população evangélica, que tem maior identificação com a oposição, Padilha buscou fortalecer a relação com essa bancada para avançar com os projetos do governo. O presidente da Frente Parlamentar Evangélica, deputado Eli Borges (PL-TO), enfatizou a defesa das bandeiras do grupo, como a luta contra o aborto, a descriminalização de drogas, a liberdade e a resistência à doutrinação nas escolas.

Durante a reunião, foram discutidas pautas como a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que amplia a imunidade tributária das igrejas. O texto teve apoio do relator da matéria, deputado Dr. Fernando Máximo (União Brasil-RO), e do autor do texto, deputado Marcelo Crivella (Republicanos-RJ), que negociaram com o Ministério da Fazenda para ajustar pontos do projeto.

Uma das principais alterações foi a retirada da possibilidade de templos religiosos obterem benefícios tributários na aquisição de bens ou serviços para geração de renda, garantindo que apenas empresas contempladas pela PEC possam solicitar “cashback” de impostos. O texto, que já foi aprovado em comissão especial na Câmara, busca ampliar a imunidade das igrejas também em tributações indiretas, como o IPI, ICMS e ISSQN.

Padilha destacou a importância da aprovação da PEC e ressaltou que a proposta não terá impacto significativo nas contas públicas devido à reforma tributária em andamento. O ministro celebrou o acordo firmado no Senado para avançar com o projeto e enfatizou a importância do diálogo contínuo com a bancada evangélica para a consolidação da agenda do governo Lula no Legislativo.

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