Ao se referir ao relatório elaborado pela Polícia Federal, Gilmar Mendes ressaltou a gravidade dos fatos apurados e mencionou que a coleta de informações mais recentes pode resultar em novos desdobramentos no caso. O ministro também se manifestou favorável à exclusão de militares da política, apesar de descartar a ocorrência de um golpe de Estado no Brasil.
No cenário político, tramitam propostas legislativas que visam limitar a participação de militares da ativa em cargos civis. Na Câmara dos Deputados, uma PEC de autoria da ex-deputada Perpétua Almeida propõe essa restrição, aguardando parecer do relator escolhido para analisar o texto. No Senado, o ex-ministro Jacques Wagner também apresentou um projeto nesse sentido, requerendo que militares na ativa sejam transferidos para a reserva não remunerada para concorrer a cargos eletivos.
Gilmar Mendes destacou a resiliência da democracia brasileira diante dos desafios, considerando o relatório da PF como uma evidência da solidez do sistema. O documento da Polícia Federal, que implicou Bolsonaro, aliados e militares de alta patente, teve o sigilo levantado pelo relator do caso no STF, Alexandre de Moraes. Agora, cabe à Procuradoria-Geral da República decidir se apresentará denúncia ou solicitará novas diligências a partir das informações contidas no relatório.
Assim, o desfecho desse inquérito e a possível atuação do Ministério Público podem trazer desdobramentos significativos para a política nacional, reafirmando a importância da democracia e da transparência institucional no Brasil.