Ministro do Trabalho anuncia nova portaria que exclui setores essenciais de acordo com sindicato para trabalho aos feriados



Ministro do Trabalho anuncia nova portaria para definir setores essenciais que ficarão excluídos da necessidade de acordo com sindicato para trabalho em feriados

Em uma coletiva realizada hoje, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, anunciou que o governo vai editar uma nova portaria para definir quais setores serão considerados essenciais e ficarão excluídos da necessidade de acordo com sindicatos para trabalho em feriados. A lista de atividades ainda será definida, mas deve incluir mais de 200 setores, tais como farmácias e postos de gasolina.

Segundo Marinho, a decisão de editar a nova portaria ocorreu após negociações com sindicatos dos trabalhadores e patronais, e tem como objetivo dar mais segurança jurídica. Ele apontou também que as demais categorias poderão ter trabalho em feriados, desde que passem antes pela convenção.

A expectativa é de que a nova portaria seja editada até 5 de fevereiro, e terá vigência imediata, afirmou o ministro. No entanto, ela não será apresentada em sua versão final hoje, pois ainda está sendo revisada.

A reunião contou com três representantes dos trabalhadores, da CUT, CNTC e CSB, e também representantes da bancada dos empregadores, via Confederação Nacional do Comércio (CNC).

Em novembro, Marinho havia publicado uma portaria obrigando a convenção coletiva para todos os setores em caso de trabalho nos feriados. Após reclamações, ele editou uma nova norma adiando a medida para março, até que novas negociações fossem feitas. Nesta quarta-feira, ele anunciou a decisão de que setores essenciais serão excluídos dessa necessidade.

A lei, determinada durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, determinava que o empregador poderia comunicar aos funcionários que o estabelecimento abriria normalmente e a escala de trabalho, respeitando os direitos de folga.

Julimar Roberto, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviços (Contracs), órgão ligado à CUT, afirmou que haverá um anexo na portaria definindo os setores que serão excluídos. A expectativa é que a lista de exceções passe de 200.

Em resumo, a nova portaria vai corrigir uma ilegalidade contida em outra portaria, de 2021, que liberou o trabalho aos feriados sem a necessidade de negociação coletiva. Isso se deve às críticas de entidades de classe e especialistas. O objetivo é permitir que os setores considerados essenciais possam funcionar sem a necessidade de acordo com os sindicatos.

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