De acordo com a decisão de Moraes, a quebra de sigilo inclui a análise e perícia dos dispositivos computacionais, mídias, aparelhos telefônicos, e-mails, contas das redes sociais, aplicativos e serviços de mensagens que venham a ser apreendidos. Além disso, o ministro ordenou a apreensão de armas, munições e dinheiro em espécie nas residências dos suspeitos, bem como em possíveis quartos de hotéis, motéis e outras hospedagens temporárias.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) revelou que Carlos Jordy possuía o “poder de ordenar movimentações antidemocráticas”, enquanto o deputado se pronunciou negando qualquer ligação com os eventos do 8 de janeiro e garantindo que nunca financiou tais atividades.
A decisão de Moraes, datada de 4 de janeiro de 2024, reproduziu seu discurso proferido na cerimônia de um ano do movimento do 8 de janeiro, no qual ele reafirmou que todos os envolvidos em atos antidemocráticos serão responsabilizados. Ele destacou que não haverá mais tolerância com aqueles que atentam contra a democracia, o Estado de Direito e as instituições do país.
A operação Lesa Pátria visa os integrantes de um grupo radical de direita que se recusou a aceitar o resultado das urnas em 2022, organizando bloqueios em rodovias, montando acampamentos e participando de atos golpistas. A PF classificou esses indivíduos como “incitadores” do movimento de contestação eleitoral.
É importante ressaltar que a operação tem como alvo não somente os atos em si, mas também a participação e influência de indivíduos políticos e a responsabilização de todos os envolvidos nos eventos antidemocráticos. A quebra de sigilos telefônico e telemático de Carlos Jordy e dos demais suspeitos é mais um passo firme no combate a atos que ameaçam a democracia e os valores do Estado de Direito no Brasil.