A Rumble, uma plataforma de vídeos semelhante ao YouTube, tem suas raízes nos Estados Unidos e preza pela “Internet livre”. Popular entre os conservadores norte-americanos, a rede social chegou até a processar Moraes nos EUA, junto com o grupo de comunicação do ex-presidente Donald Trump.
De acordo com a determinação do ministro, a Rumble contribui para a criação de um “ambiente de total impunidade e ‘terra sem lei’ nas redes sociais brasileiras”, além de desrespeitar de forma consciente e repetida ordens judiciais. Um dos casos citados foi o bloqueio do canal do blogueiro Allan dos Santos, que a empresa se recusou a cumprir.
Moraes foi enfático em sua decisão, ordenando a suspensão imediata e completa das atividades da Rumble em território nacional, até que todas as ordens judiciais sejam cumpridas e as multas pagas. As operadoras de internet do país já estão sendo notificadas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para interromper o acesso à plataforma.
Não é a primeira vez que a Rumble enfrenta problemas no Brasil. Em 2023, a rede social teve suas atividades interrompidas no país por não remover conteúdos determinados pela justiça. A medida de bloqueio agora reforça a postura firme das autoridades brasileiras em garantir o cumprimento das leis e decisões judiciais no ambiente digital.
Essa ação do ministro Alexandre de Moraes marca mais um capítulo na luta contra a disseminação de informações indevidas e o descumprimento das leis no cenário das redes sociais no Brasil. A Rumble, apesar de seu apelo de “Internet livre”, terá que se adequar às regras estabelecidas no país se quiser operar no mercado brasileiro.