Del Castillo substitui Luis Arce na corrida presidencial de agosto, que, dias antes, anunciou que optaria por não buscar a reeleição, visando fortalecer a unidade das forças de esquerda no país. Essa estratégia é crucial em um momento em que a política boliviana enfrenta incertezas e divisões. A escolha de del Castillo está alinhada com o desejo do MAS de manter sua influência, especialmente após as dificuldades encontradas nos últimos anos.
Durante a coletiva, García destacou a importância de del Castillo e de Milán Berna, o candidato a vice-presidente, ressaltando que ambos têm o papel de implementar uma “democracia de forma natural”. Berna é uma figura muito respeitada, representando a Confederação Sindical Única de Trabalhadores Rurais da Bolívia, o que fortalece a candidatura com respaldo dos movimentos sociais.
Luis Arce, além de reafirmar o apoio à nova chapa em suas redes sociais, convocou o povo boliviano e as lideranças de esquerda a unirem forças para garantir o desenvolvimento do país, enfatizando a importância da continuidade de um governo alinhado com os interesses da população.
Essa movimentação acontece em um cenário onde o ex-presidente Evo Morales tenta legalmente manter sua candidatura nas eleições, apesar do impasse imposto por restrições. As eleições presidenciais estão programadas para o dia 17 de agosto, e a expectativa é que a disputa seja acirrada, refletindo a complexidade da atual situação política na Bolívia. Decisões futuras do MAS e das principais lideranças de esquerda serão fundamentais na definição do rumo do país.
