Segundo o ministro, vários pontos do relatório precisam ser analisados e discutidos com o parlamentar ao longo da semana. Ele citou especialmente a inclusão de um dispositivo que determina que os recursos destinados ao Sistema S deverão integrar o Orçamento da União, um ponto que, segundo Padilha, não foi previamente discutido com o governo.
“Tem uma série de aspectos que precisam ser analisados, vamos discutir com o relator. Há pontos que o relator havia comentado conosco, que nós discutimos e negociamos, como a emenda que permite um contingenciamento menor no Orçamento de 2024. Mas tem vários aspectos que estão no relatório que não foram previamente discutidos conosco. O líder do governo Randolfe Rodrigues está tratando, vamos fazer reuniões. São vários, inúmeros aspectos”, declarou Padilha após uma reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
O ministro prosseguiu, afirmando que tanto naquele dia quanto no dia seguinte eles iriam tratar com o relator de vários aspectos que não estavam previamente dialogados e foram apresentados sem consulta aos líderes do governo ou aos membros da CMO. Ele chamou a atenção para o ponto “absolutamente estranho” do Sistema S, que, segundo ele, em nenhum momento foi discutido. Padilha ressaltou que vários aspectos, incluindo as várias emendas, precisam ser tratados com o relator.
Padilha deu essa declaração após ser questionado sobre o ponto do relatório que determina que o Orçamento de 2024 tenha R$ 11 bilhões de emendas de comissão liberados pelo governo Lula logo no primeiro semestre, antes das eleições.
A declaração do ministro Padilha indica a existência de tensões e desentendimentos entre o governo e o relator do PLDO, o que pode gerar impactos significativos nas discussões sobre o orçamento e, consequentemente, nas políticas a serem implementadas nos próximos anos. Também sugere a necessidade de um diálogo mais transparente e uma melhor organização nas negociações sobre questões orçamentárias e fiscais entre a equipe governamental e os legisladores.