Em uma entrevista à GloboNews, o ministro destacou que o debate sobre a volta do horário de verão não deve ficar restrito à necessidade de racionamento de energia, pois o Brasil está em condições de segurança energética. Ele enfatizou que tem feito reuniões para que o governo avalie a possibilidade de estimular a economia através do horário de verão, mesmo sem a necessidade energética.
Silveira também defendeu a desvinculação do horário de verão da questão energética, afirmando que a medida teria impactos positivos na economia, mesmo em um momento de segurança energética. Ele mencionou que entidades como a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) argumentam que a mudança nos relógios pode levar a um aumento no faturamento dos estabelecimentos comerciais.
Em setembro, a Abrasel enviou uma carta ao presidente Lula alegando que seus estabelecimentos poderiam ter um aumento de 10% a 15% no faturamento, devido ao possível aumento da frequência de clientes e à redução de custos das empresas com o racionamento de energia.
No entanto, uma equipe técnica do Ministério de Minas e Energia havia descartado, anteriormente, a possibilidade de o governo voltar com o horário de verão. A política do horário especial foi extinta em 2019, no governo de Jair Bolsonaro, devido a mudanças nos hábitos de consumo da população, com uma maior demanda por energia elétrica no período da tarde.
O horário de verão, implementado em alguns estados brasileiros, tinha como objetivo reduzir o consumo de energia elétrica, incentivando o melhor aproveitamento da luz natural. No entanto, sob a gestão de Bolsonaro, o MME identificou que o uso intensificado de equipamentos como ar-condicionado teria anulado os efeitos positivos da medida.
Em resumo, o debate sobre a volta do horário de verão continua e a decisão dependerá da avaliação dos benefícios econômicos e energéticos da medida. A possibilidade de estimular a economia através da mudança nos relógios continua sendo discutida pelo governo.