Lewandowski destacou que a pasta que ele comanda realizará uma reavaliação minuciosa de todos os registros de Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC) a partir do próximo ano, aplicando critérios mais rigorosos. O atirador em questão obteve a arma por meio do registro CAC, cuja regulamentação foi flexibilizada durante o governo anterior.
Para o Ministro, o caso em Novo Hamburgo é um sintoma da disseminação indiscriminada de armas na sociedade brasileira, ressaltando a necessidade urgente de medidas mais eficazes de controle e fiscalização. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também se posicionou contra a proliferação de armas de fogo, afirmando que episódios como esse não podem se tornar normais.
A partir de 1º de janeiro, a responsabilidade da regularização dos CACs será transferida da Exército para a Polícia Federal, o que permitirá uma análise mais criteriosa dos registros. O elevado número de armas registradas, que chega a mais de 1,3 milhão, representa um desafio logístico para as autoridades.
Lewandowski garantiu que, sob a responsabilidade da Polícia Federal, a fiscalização será intensificada e que medidas rigorosas serão adotadas. O ataque em Novo Hamburgo, que resultou em múltiplas mortes e feridos, destacou a urgência de ações concretas para conter a escalada da violência armada no país. O Ministro abordou o caso durante um pronunciamento em Brasília, após assinar medidas relacionadas à demarcação de terras indígenas.