Haddad também ressaltou que esse déficit já era previsto pelo governo Bolsonaro. Segundo suas palavras: “O déficit estimado para 2023 feito pelo governo anterior já estava em torno de R$ 130 bilhões. É preciso registrar esse fato porque isso é um dado da realidade. E é isso que vai acontecer”.
O ministro enfatizou que esse valor já considera uma compensação de R$ 20 bilhões a estados pelas perdas com a redução do ICMS sobre combustíveis, telecomunicações e energia durante o governo Bolsonaro. No entanto, o déficit não leva em conta o pagamento atrasado de R$ 90 bilhões em precatórios, despesas decorrentes de decisões judiciais.
Apesar disso, Haddad reconheceu a melhora de diversos indicadores econômicos no Brasil em 2023, exceto pelo investimento privado, que ele considerou como a “única variável preocupante”.
Ele atribuiu essa situação à política monetária que buscou rapidamente trazer a inflação para dentro da banda, destacando a importância de uma reação do investimento privado. O ministro defendeu a continuidade do afrouxamento monetário, apontando que a taxa básica de juros Selic já foi reduzida em 2 pontos percentuais, para 11,75%, e sinalizando mais cortes de 0,5 ponto à frente.
Baseando-se nas declarações do ministro, é possível inferir que o governo tem o desafio de equilibrar as contas públicas e incentivar o investimento privado para impulsionar o crescimento econômico. A redução dos juros, de acordo com Haddad, é uma parte fundamental desse processo e ainda há a expectativa de mais cortes pela frente.