Haddad prevê que as taxas nos maiores países começarão a cair ainda no primeiro semestre do ano, o que pode beneficiar a economia brasileira. Ele acredita que o Brasil poderá ter um ciclo de crescimento mais longo e sustentável, mas ressaltou que o primeiro semestre ainda estará sob o efeito de uma taxa de juros real mais elevada.
No entanto, o ministro demonstrou otimismo em relação ao segundo semestre, destacando que o país poderá terminar o ano com um crescimento superior a 2%, mesmo que não seja tão forte nos primeiros seis meses. Haddad destacou a importância do crédito como alavanca para o crescimento e enfatizou que o governo está preocupado com a safra de soja e a situação do agronegócio, principalmente devido a fatores climáticos.
Em relação à arrecadação de tributos, Haddad informou que os números de janeiro estão em linha com o projetado no Orçamento, descontando-se o efeito extraordinário de medidas aprovadas no fim do ano passado, como a taxação de fundos exclusivos e off-shore. Os números serão divulgados pela Receita Federal no dia seguinte à entrevista.
O ministro ressaltou que o governo está empenhado em equilibrar as contas públicas, buscando não apenas o aumento de receitas, mas também a contenção de despesas. Ele mencionou o pente-fino no Bolsa Família e um pacote de revisão de gastos que o Ministério do Planejamento apresentará em breve ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.