Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, discute impacto da taxa de juros dos EUA e prevê cenário favorável para o crescimento brasileiro.


Em uma entrevista nesta quarta-feira, 21, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou a importância de fatores externos na continuidade da redução da taxa de juros no Brasil. Segundo ele, a queda das taxas nos países desenvolvidos terá um impacto significativo no ritmo do crescimento sustentável brasileiro. Em conversa com a jornalista Miriam Leitão, da GloboNews, o ministro ressaltou que negar a influência da taxa de juros dos Estados Unidos seria leviano de sua parte.

Haddad prevê que as taxas nos maiores países começarão a cair ainda no primeiro semestre do ano, o que pode beneficiar a economia brasileira. Ele acredita que o Brasil poderá ter um ciclo de crescimento mais longo e sustentável, mas ressaltou que o primeiro semestre ainda estará sob o efeito de uma taxa de juros real mais elevada.

No entanto, o ministro demonstrou otimismo em relação ao segundo semestre, destacando que o país poderá terminar o ano com um crescimento superior a 2%, mesmo que não seja tão forte nos primeiros seis meses. Haddad destacou a importância do crédito como alavanca para o crescimento e enfatizou que o governo está preocupado com a safra de soja e a situação do agronegócio, principalmente devido a fatores climáticos.

Em relação à arrecadação de tributos, Haddad informou que os números de janeiro estão em linha com o projetado no Orçamento, descontando-se o efeito extraordinário de medidas aprovadas no fim do ano passado, como a taxação de fundos exclusivos e off-shore. Os números serão divulgados pela Receita Federal no dia seguinte à entrevista.

O ministro ressaltou que o governo está empenhado em equilibrar as contas públicas, buscando não apenas o aumento de receitas, mas também a contenção de despesas. Ele mencionou o pente-fino no Bolsa Família e um pacote de revisão de gastos que o Ministério do Planejamento apresentará em breve ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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