Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defende taxação de fortunas em reunião do G20 no Marrocos.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fez um discurso durante a reunião dos ministros das finanças e presidentes de bancos centrais do G20, em Marrakech, no Marrocos, no qual defendeu a taxação de fortunas como forma de garantir maior justiça fiscal. Haddad afirmou que os ricos devem pagar uma cota “justa” de impostos e destacou a necessidade de melhorar as instituições financeiras internacionais, lidar com o problema da dívida em países da África, Ásia e América Latina, e mobilizar recursos para uma economia global mais verde e sustentável.

O ministro ressaltou que a proposta brasileira para o G20 pode ser considerada ambiciosa, mas ele acredita que é realista e necessária. Ele também defendeu a ideia de que as instituições financeiras internacionais precisam se adaptar e refletir a nova realidade do mundo atual.

No Brasil, o projeto de lei que amplia a taxação dos super-ricos será votado na próxima semana pela Câmara dos Deputados. O projeto propõe a cobrança de impostos para investimentos em fundos offshores e a tributação dos fundos exclusivos que são destinados apenas a investidores selecionados. A medida provisória que tratava da tributação dos fundos exclusivos foi incluída no mesmo projeto de lei das offshores pelo relator a pedido do governo. O PL passará por ajustes sugeridos por parlamentares antes de ser votado.

Além da taxação de fortunas, Haddad também defendeu a necessidade de uma reforma nas instituições de governança global. Ele destacou que muitas dessas instituições estão presas a práticas do século XX e não refletem a realidade atual do mundo. O ministro acredita que é preciso reformar a governança econômica global, tornando as instituições financeiras mais representativas e mais eficientes.

A reunião do G20 reúne lideranças de países-membros do Fundo Monetário Internacional (FMI) e tem como objetivo discutir soluções para os desafios globais contemporâneos. Haddad espera que o encontro resulte em avanços significativos na busca por uma maior justiça fiscal e por uma governança global mais eficiente.

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