Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defende ajuste fiscal em almoço com banqueiros e CEOs de São Paulo. Novas medidas podem vir.



Durante um almoço com banqueiros e CEOs promovido pela Febraban em São Paulo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), defendeu o ajuste fiscal e não descartou a possibilidade de implementar mais medidas para cortar gastos. O evento ocorreu na sexta-feira (29/11) e contou com a presença de autoridades do setor financeiro e empresarial, onde Haddad pediu cautela aos críticos do pacote fiscal e ressaltou que não existe uma solução rápida para os problemas econômicos do país.

Durante o encontro, Haddad anunciou que o pacote de corte de gastos prevê uma economia de R$ 70 bilhões nos anos de 2025 e 2026. Ele destacou que, daqui a três meses, poderá analisar novas medidas devido à complexidade da situação econômica. O ministro ressaltou que as ações não representam concessões, mas sim uma necessidade para equilibrar as contas públicas.

Entre as propostas apresentadas está o endurecimento das regras para as pessoas que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC), visando atualizar cadastros desatualizados e aumentar a transparência no acesso ao benefício. Haddad destacou a importância de entender a real situação das pessoas beneficiadas pelo BPC.

Em relação ao déficit zero, Haddad mencionou que o governo não conseguirá atingir a meta este ano devido a questões no Congresso Nacional. Contudo, ele enfatizou que o relacionamento com o Congresso é positivo e que a tramitação das medidas deve ocorrer de forma tranquila.

No que diz respeito ao mercado financeiro, o dólar bateu um novo recorde nominal, atingindo R$ 6,11, em decorrência da reação negativa às medidas de corte de gastos e alterações na isenção do Imposto de Renda. Analistas apontam que as medidas podem não ser suficientes para equilibrar as contas públicas e que o aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda diluiu os efeitos positivos dos ajustes nos gastos.

O evento também contou com a presença de autoridades do Banco Central, que destacaram a importância de seguir com as medidas de ajuste fiscal para garantir a estabilização da economia. O presidente do conselho da Febraban e do conselho de administração do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, ressaltou que o caminho do ajuste fiscal é irreversível e conta com o apoio do setor financeiro.

Em resumo, o almoço promovido pela Febraban foi marcado por discursos sobre a necessidade de medidas de ajuste fiscal para enfrentar os desafios econômicos do Brasil, ao mesmo tempo em que o mercado financeiro reagiu de forma negativa às propostas apresentadas. A expectativa é que as discussões e medidas apresentadas durante o evento continuem a influenciar as decisões econômicas do país nos próximos meses.

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