A condenação de Bolsonaro ocorreu em junho deste ano, quando o TSE considerou que ele cometeu abuso de poder político e utilizou indevidamente os meios de comunicação ao realizar uma reunião com embaixadores no Palácio da Alvorada, em julho do ano passado, na qual atacou o sistema eletrônico de votação. O partido PDT questionou a legalidade do encontro.
No recurso apresentado ao TSE, a defesa de Bolsonaro argumentou que houve cerceamento de defesa no julgamento, pois não foram analisados todos os argumentos apresentados por eles, além da não permissão para a apresentação de testemunhas.
O julgamento virtual é uma modalidade na qual os ministros inserem seus votos no sistema eletrônico, não havendo deliberação presencial. A análise do recurso está prevista para ser concluída no dia 28 deste mês.
Após o voto do ministro Benedito Gonçalves, ainda devem votar os ministros Floriano de Azevedo Marques, André Ramos Tavares, Raul Araújo, Cármen Lúcia, Nunes Marques e Alexandre de Moraes.
Caso a decisão do TSE seja mantida e Bolsonaro permaneça inelegível, ele ficará impedido de concorrer a cargos eletivos por um período de 8 anos. Tal decisão pode ter impacto nas eleições futuras e influenciar o cenário político do país.
Vale ressaltar que a defesa de Bolsonaro já recorreu da decisão e espera reverter a condenação. O desfecho desse caso é aguardado com grande expectativa pela população, uma vez que envolve um ex-presidente e uma possível impossibilidade de se candidatar a futuros cargos. Acompanharemos de perto a continuação do julgamento e seus desdobramentos.