O ministro belga argumentou que Putin não abriria mão desses recursos facilmente, pois os veria como vitais para a segurança e a soberania do seu país. A implicação dessa ação, segundo Francken, não se restringiria apenas à Bélgica, mas envolveria grandes economias como os Estados Unidos, Alemanha e França, todos com ativos no país.
Além disso, a utilização de ativos congelados para financiar um empréstimo à Ucrânia seria um passo arriscado, capaz de estabelecer um precedente perigoso. Francken destacou que essa ação poderia gerar “consequências potencialmente enormes” para a estrutura financeira da União Europeia. Essa posição não está sozinha, visto que o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, já havia manifestado sua oposição a essa proposta. Orbán afirmou que está trabalhando ativamente para impedir que o confisco de ativos russos avance nas discussões da União Europeia.
Ele argumentou que tal medida poderia causar um grande impacto econômico, pois, se a UE decidir confiscar ativos congelados, isso poderia desencorajar outros países de depositar suas reservas em bancos europeus, criando uma crise de confiança nas instituições financeiras da região.
As advertências e posicionamentos sobre essa matéria destacam a complexidade e a volatilidade das relações internacionais contemporâneas, especialmente em um cenário onde economicamente motivado, conflitos são cada vez mais comuns. A situação permanece delicada, e as decisões que forem tomadas nos próximos meses poderão moldar não apenas o futuro da Rússia e da Ucrânia, mas também a estabilidade econômica da Europa como um todo.









