Na área de Direito Eleitoral, o ministro concorreu como candidato único e recebeu notas altíssimas da banca examinadora, com menções de 9,5 e 10. O local da defesa não poderia ser mais simbólico, acontecendo no salão nobre da Faculdade do Largo do São Francisco, onde Alexandre de Moraes se formou em Direito. O anúncio do resultado foi feito sob aplausos, após uma sessão de arguição que durou cerca de seis horas.
Os membros da banca que avaliaram a tese do ministro incluíram renomados professores como Flávio Yarshell, especialista em Direito Processual; Celso Lafer, docente aposentado; Marta Arretche, do departamento de Ciência Política da USP; Ana Paula de Barcellos, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj); e Carlos José Vidal Prado, da Universidad Nacional de Educación a Distancia, na Espanha.
A tese elaborada por Alexandre de Moraes, intitulada “Direito Eleitoral e o novo populismo digital extremista: liberdade de escolha do eleitor e a promoção da democracia”, aborda de forma profunda a influência das redes sociais na disseminação de notícias falsas, discursos de ódio e desinformação pela extrema-direita. O ministro, que também é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), defende a responsabilização das plataformas digitais por conteúdos antidemocráticos, destacando a importância dessa questão no contexto atual.
Com uma carreira jurídica sólida e uma atuação destacada no meio acadêmico, Alexandre de Moraes mais uma vez demonstrou sua expertise e comprometimento com temas relevantes para o cenário político e social do Brasil. Sua tese, que aborda de maneira aprofundada a relação entre democracia, eleições e o uso das redes sociais, certamente traz contribuições significativas para o debate público e para o desenvolvimento do Direito Eleitoral no país.