Ministra da Saúde reconhece falta de diálogo com gestores de hospitais federais do Rio de Janeiro e promete mudanças para eficiência.



Ministra da Saúde admite falta de diálogo com gestores de hospitais federais do Rio de Janeiro

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, reconheceu publicamente que houve um déficit de comunicação e interação entre o ministério e os gestores dos hospitais federais do Rio de Janeiro no ano passado. Em uma entrevista concedida à Globo News nesta quarta-feira, Trindade admitiu que faltou acompanhamento mais próximo e diálogo efetivo com os diretores das unidades de saúde, o que resultou em uma série de irregularidades e problemas de gestão.

O episódio veio à tona após a demissão de Alexandre Telles, ex-chefe do Departamento de Gestão Hospitalar (DGH), responsável pelas seis unidades hospitalares em grave situação no estado. Telles foi exonerado na última segunda-feira depois de uma série de notícias denunciando a precariedade nos hospitais.

Segundo Trindade, a demissão de Telles se deu porque a pasta já havia identificado pontos críticos na gestão que não foram solucionados. A nota técnica elaborada em setembro de 2021 pelo DGH apontou diversas irregularidades e fragilidades na contratação de serviços continuados nas unidades, como preços inflacionados e favorecimento a determinadas empresas.

Para lidar com a crise, o ministério criou um comitê para coordenar uma intervenção nas seis unidades, com o objetivo de promover o diálogo entre os diversos atores envolvidos e propor melhorias na governança. No entanto, o chefe do comitê, Helvécio Magalhães, foi exonerado na mesma data que Telles, após ser citado em uma reportagem do Fantástico por apadrinhamentos e nomeações sem critérios técnicos.

A ministra negou que esteja promovendo uma “limpeza” no ministério, mas afirmou que fará uma revisão cuidadosa dos nomes nas direções dos hospitais federais. A expectativa é que os novos titulares sejam anunciados em até 30 dias, buscando garantir maior eficiência na gestão hospitalar.

Diante desse cenário de crise e de falta de diálogo, a Saúde busca reverter a situação e garantir que os hospitais federais do Rio de Janeiro cumpram sua missão de oferecer um serviço de qualidade à população. O desafio agora é colocar em prática as mudanças necessárias para reverter o quadro de precariedade e garantir um atendimento adequado aos pacientes.

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