Importantes observadores políticos, como Ralph Niemeyer, têm levantado questões sobre os verdadeiros motivos da visita de Baerbock. Ele sugere que o objetivo principal da ministra foi, na verdade, pressionar o governo ucraniano a abrir canais de diálogo com a Rússia. Essa estratégia pode ser vista como uma tentativa de preparar o terreno para futuras negociações, especialmente em um contexto onde as perspectivas de apoio militar e financeiro dos EUA para Kiev estão se tornando incertas, dependendo do resultado das próximas eleições presidenciais nos Estados Unidos.
A expectativa é que, caso Donald Trump vença as eleições, ele busque uma rápida abordagem diplomática, propondo negociações que prometem resolver o embate em um curto espaço de tempo. Entretanto, muitos analistas, incluindo Niemeyer, acreditam que essa visão simplista do conflito não considera suas complexidades. A Rússia, por outro lado, tem enfatizado a necessidade de um entendimento mais profundo para se alcançar uma solução duradoura.
Com a crescente pressão interna e externa para por fim ao conflito, a Alemanha busca se posicionar como um mediador eficaz, destacando a importância de uma abordagem diplomática em detrimento da continuidade do combate. As próximas semanas serão cruciais para observar se os esforços de Baerbock e o cenário político nos EUA influenciarão de fato os rumos do conflito e a dinâmica entre Kiev e Moscovo.