A atenção se volta para Elon Musk, também dono da rede social X (antigo Twitter), que se envolveu em um embate com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Após ameaçar descumprir decisões judiciais relacionadas ao bloqueio de perfis na plataforma, Musk acabou sendo incluído como investigado em um inquérito que investiga a existência de milícias digitais no Brasil.
O subprocurador-geral Lucas Furtado destacou a atitude do empresário como uma afronta à soberania do Estado brasileiro, ao desrespeitar ordens judiciais do STF. Ele ressaltou a necessidade de esclarecimentos por parte do governo federal, especialmente diante de informações conflitantes sobre a existência de contratos com a Starlink.
Furtado defendeu que, caso haja contratos, o TCU deve determinar sua imediata extinção, e sugeriu a possibilidade de proibir a atuação do X no Brasil, citando o uso da rede como meio de ataque à democracia. Ele classificou a situação como um “jogo de empurra”, onde os ministérios se contradizem e alegam não ter conhecimento de acordos.
Em resposta ao questionamento do GLOBO, a Marinha confirmou a existência de contratos vigentes com empresas que fornecem os serviços da Starlink, totalizando R$ 243,5 mil. Por enquanto, a Força afirma que o serviço está sendo prestado conforme o previsto e que os contratos devem ser mantidos até o término do período de vigência.
A atuação de Elon Musk no Brasil segue gerando polêmicas e levantando questionamentos sobre a relação do governo com a empresa Starlink, destacando a importância da transparência e esclarecimento por parte das autoridades competentes.