Ministério Público de SP abre investigação sobre policial que arremessou homem de ponte em São Paulo



Nesta terça-feira (3), o Ministério Público de São Paulo anunciou a abertura de investigações para apurar o caso chocante de um homem que foi jogado de uma ponte por um policial militar durante uma abordagem em Cidade Ademar, zona sul de São Paulo, na madrugada de segunda-feira (2). O Grupo de Atuação Especial de Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial é responsável por conduzir essa investigação.

Os promotores solicitaram à Polícia Civil que envie uma cópia do boletim de ocorrência e das requisições de perícias em até 24 horas. Além disso, requisitaram à Corregedoria da Polícia Militar informações sobre a instauração do Inquérito Policial Militar e o afastamento dos envolvidos em até cinco dias.

O Gaesp recomendou ao comandante-geral da Polícia Militar que aplique de forma integral e eficiente os procedimentos operacionais e normativas existentes sobre abordagens policiais, visando a redução de erros, abusos e letalidade policial durante tais situações. Também recomendaram o uso de câmeras corporais em todas as operações policiais, com mecanismos de fiscalização para garantir o cumprimento dessa medida.

O caso gerou grande repercussão, levando ao afastamento de 13 policiais militares envolvidos na ação. Um vídeo flagrou o momento em que um dos policiais arremessa o homem da ponte para dentro de um córrego. Apesar da queda de aproximadamente três metros, moradores relataram que o homem conseguiu sair andando do local.

Os agentes pertenciam ao 24º Batalhão da Polícia Militar de Diadema e estavam usando câmeras corporais durante a ocorrência. O soldado responsável por jogar o homem da ponte, identificado como Luan Felipe Alves Pereira, prestou depoimento e foi afastado juntamente com os demais policiais envolvidos.

Diante da gravidade do ocorrido, o governador Tarcísio de Freitas e o secretário da Segurança Pública Guilherme Derrite se manifestaram, repudiando a conduta do policial e prometendo punição rigorosa. A SSP informou que a PM instaurou um inquérito para investigar o caso, enquanto o Ministério Público classificou as imagens como “estarrecedoras” e “absolutamente inadmissíveis”. A sociedade aguarda por justiça e medidas que garantam a integridade e segurança da população diante de ações policias abusivas.

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