Segundo as investigações conduzidas pelo MPMG, pelo menos quatro núcleos da facção criminosa atuavam em Minas Gerais, inclusive dentro de instituições penitenciárias do estado e do Rio de Janeiro. Esses núcleos incluem a liderança, responsável por decisões estratégicas e cooptação de funcionários públicos; o gerencial, encarregado de coordenar áreas específicas como logística financeira e gestão de recursos humanos; o de corrupção, composto por agentes públicos que forneciam suporte às atividades criminosas; e o operacional, responsável pela execução direta das atividades ilícitas da facção.
Sete pessoas foram denunciadas por organização criminosa armada, corrupção ativa e facilitação de entrada de celulares em estabelecimento prisional. A ação foi realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) Regional de Visconde do Rio Branco, com apoio de outros Gaecos e órgãos de segurança.
A operação Mecanismo mostrou a ação coordenada e estruturada do Comando Vermelho em Minas Gerais, evidenciando a presença da facção dentro e fora do sistema prisional. A investigação revelou ainda a corrupção de agentes públicos para viabilizar as atividades criminosas, reforçando a complexidade e alcance do grupo criminoso.
A atuação do Ministério Público e dos órgãos de segurança demonstra o comprometimento das autoridades em combater a criminalidade organizada, especialmente de facções como o Comando Vermelho, que representam uma ameaça à segurança pública. A quarta fase da operação Mecanismo reforça a importância da integração entre as instituições para o enfrentamento eficaz do crime organizado.