Essa situação é inédita, uma vez que os voos de deportação acontecem desde 2018, mas existia um acordo tácito de que os brasileiros não estariam algemados ao desembarcar em solo brasileiro. Contudo, esse acordo parece ter sido descumprido desta vez, o que levou o Itamaraty a se manifestar publicamente sobre o caso.
Em comunicado divulgado no último domingo (26), o Itamaraty condenou veementemente o tratamento “degradante” oferecido pelos Estados Unidos aos imigrantes brasileiros, destacando que tais condições violaram os termos do acordo entre os dois países. A atitude das autoridades norte-americanas gerou desconforto e indignação por parte do governo brasileiro, que considera a situação inaceitável.
Gabriel Escobar, atual encarregado de negócios dos EUA no Brasil, foi convocado pelo Ministério das Relações Exteriores para prestar esclarecimentos sobre o ocorrido. A reunião entre o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, e o chanceler Mauro Vieira resultou na decisão de solicitar explicações formais ao representante norte-americano, a fim de esclarecer os detalhes e tomar as medidas cabíveis diante do episódio.
Diante desse cenário tenso e delicado, espera-se que as investigações avancem e que medidas sejam tomadas para garantir o respeito aos direitos humanos e a dignidade dos imigrantes envolvidos nessa polêmica deportação. Aguarda-se, portanto, um desfecho que preserve a relação diplomática entre os dois países e zele pela justiça e equidade em casos de deportação.