O Ministério da Saúde anunciou nesta sexta-feira, 6, a inclusão de cinco novos procedimentos para o tratamento do câncer de mama no Sistema Único de Saúde (SUS). Essa medida faz parte das ações previstas no novo Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) para a doença.
Entre as novidades estão os inibidores das quinases dependentes de ciclina (CDK) 4 e 6, que são medicamentos capazes de interromper o processo de divisão e multiplicação das células, prolongando a sobrevida das pacientes. Além disso, a inclusão do Trastuzumab entansina, um anticorpo que ataca células cancerígenas específicas, também está entre os tratamentos incorporados.
Outras novidades incluem a supressão ovariana medicamentosa e a hormonioterapia parenteral, que apresentaram resultados positivos em mulheres com câncer de mama. A ampliação da neoadjuvância para estádios I a III também foi destaque, visando reduzir o tamanho do tumor antes do procedimento principal.
Além disso, o Ministério da Saúde destacou a inclusão da videolaparoscopia para oncologia no SUS, uma técnica que permite cirurgias minimamente invasivas, trazendo benefícios tanto para as pacientes quanto para a gestão do sistema de saúde. Com um tempo de internação mais curto e menor necessidade de reintervenções, essa técnica contribui para a otimização de recursos.
Outra mudança importante anunciada pelo Ministério da Saúde é a integração do diagnóstico e tratamento de pacientes com câncer de mama ao Programa Mais Acesso a Especialistas. Essa iniciativa visa reduzir o tempo entre o diagnóstico e o início do tratamento, que anteriormente ultrapassava os 18 meses.
Com essas medidas, o Ministério da Saúde pretende agilizar o atendimento às pacientes com câncer de mama, reduzir a mortalidade e garantir um ciclo integral de cuidado. A padronização dos tratamentos e a inclusão de novos procedimentos representam um avanço significativo no enfrentamento do câncer de mama no Brasil e na melhoria do acesso à saúde pública.