Em 2023, o déficit per capita dos militares aposentados foi de R$ 159 mil, enquanto o dos civis foi de R$ 69 mil. Isso demonstra que os militares estão gerando um impacto financeiro muito maior para o sistema previdenciário. Enquanto o INSS consegue arcar com 65% de seus custos através da arrecadação própria, os militares ativos contribuem com apenas 15,47% das despesas previdenciárias do grupo, o que obriga o Governo a complementar a diferença utilizando recursos de impostos federais.
Diante desse cenário, os assessores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estão discutindo a necessidade de reformas nos benefícios da área militar. Alguns dos pontos em debate incluem a revisão das pensões para filhas solteiras, a reavaliação dos valores recebidos pelos integrantes das Forças Armadas ao se aposentarem e a eliminação dos pagamentos de “morte fictícia” destinados aos parentes de oficiais punidos e afastados das Forças Armadas.
Essas possíveis mudanças nos benefícios dos militares têm sido defendidas como uma medida necessária para garantir a sustentabilidade do sistema previdenciário e reduzir o impacto financeiro gerado pelos militares aposentados. A discussão sobre essas reformas continua em andamento, e é esperado que novas medidas sejam anunciadas em breve para lidar com esse desequilíbrio previdenciário.