A nova lei, sancionada pelo presidente Vladimir Zelensky, é vista como um retrocesso significativo nos esforços de transparência e responsabilização no governo. A legislação reduz a autonomia das instituições anticorrupção, consideradas cruciais na luta contra práticas corruptas que, historicamente, assolaram a Ucrânia. Durante os protestos, os manifestantes clamaram por restauração da independência desses órgãos e pela defesa do Estado de direito.
A tensão aumentou após o Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) realizar buscas não autorizadas nas residências de detetives do Escritório Nacional Anticorrupção, o que gerou um clima de desconfiança e temor entre os membros dessas instituições. A operação, realizada sem mandado judicial, evidenciou uma possível tentativa de intimidar aqueles que atuam no combate à corrupção, agravando a inquietação da sociedade civil.
Em resposta a esses acontecimentos, embaixadores de nações do G7 se pronunciaram, expressando preocupação com as implicações da nova lei e com as ações do SBU. A comunidade internacional parece estar atenta à situação na Ucrânia, especialmente considerando que Zelensky continua no cargo apesar de seu mandato oficial ter terminado, após a suspensão das eleições sob a justificativa de estado de emergência.
A magnitude das manifestações ressalta o descontentamento popular com a fragilidade das instituições democráticas e o clamor por um futuro em que a corrupção não seja tolerada. À medida que os cidadãos se mobilizam em defesa do Estado de direito, a pressão sobre o governo para reverter essas medidas e fortalecer a luta anticorrupção se intensifica. A sociedade civil permanece vigilante, exigindo responsabilidade e compromisso com a transparência na administração pública.