Milhares de Ucranianos Protestam em Kiev Contra Lei que Restringe Poderes de Órgãos Anticorrupção e Denunciam Repressão Governamental

Na tarde da última quarta-feira, 23 de julho de 2025, a Praça da Independência em Kiev se transformou em palco de manifestações, onde mais de 9 mil cidadãos se reuniram para expressar sua indignação contra uma recente legislação que impõe restrições aos poderes do Escritório Nacional Anticorrupção da Ucrânia e da Promotoria Especializada Anticorrupção. O ato público destaca a crescente preocupação da população com a integridade e a eficácia das instituições responsáveis por combater a corrupção no país.

A nova lei, sancionada pelo presidente Vladimir Zelensky, é vista como um retrocesso significativo nos esforços de transparência e responsabilização no governo. A legislação reduz a autonomia das instituições anticorrupção, consideradas cruciais na luta contra práticas corruptas que, historicamente, assolaram a Ucrânia. Durante os protestos, os manifestantes clamaram por restauração da independência desses órgãos e pela defesa do Estado de direito.

A tensão aumentou após o Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) realizar buscas não autorizadas nas residências de detetives do Escritório Nacional Anticorrupção, o que gerou um clima de desconfiança e temor entre os membros dessas instituições. A operação, realizada sem mandado judicial, evidenciou uma possível tentativa de intimidar aqueles que atuam no combate à corrupção, agravando a inquietação da sociedade civil.

Em resposta a esses acontecimentos, embaixadores de nações do G7 se pronunciaram, expressando preocupação com as implicações da nova lei e com as ações do SBU. A comunidade internacional parece estar atenta à situação na Ucrânia, especialmente considerando que Zelensky continua no cargo apesar de seu mandato oficial ter terminado, após a suspensão das eleições sob a justificativa de estado de emergência.

A magnitude das manifestações ressalta o descontentamento popular com a fragilidade das instituições democráticas e o clamor por um futuro em que a corrupção não seja tolerada. À medida que os cidadãos se mobilizam em defesa do Estado de direito, a pressão sobre o governo para reverter essas medidas e fortalecer a luta anticorrupção se intensifica. A sociedade civil permanece vigilante, exigindo responsabilidade e compromisso com a transparência na administração pública.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo