A marcha teve início na quarta-feira no kibbutz de Re’im, local onde 364 pessoas foram mortas pelo grupo islâmico durante uma rave. A multidão de manifestantes está prevista para chegar ainda hoje à Praça Paris, nas proximidades da residência oficial do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu na capital.
Durante a noite, os manifestantes participaram de um comício próximo à residência do premier, iniciando com um momento de silêncio em homenagem às vítimas e orações pela segurança dos soldados e reféns. O líder da oposição, Yair Lapid, reforçou a importância de garantir o retorno dos reféns, afirmando que Israel não pode se dar ao luxo de traír seus valores.
Diversos países, incluindo Catar, Egito e Estados Unidos, estão envolvidos nas negociações entre Hamas e Israel, buscando um acordo que inclua um cessar-fogo de seis semanas e a libertação de reféns em troca da soltura de prisioneiros palestinos detidos por Israel. Segundo um alto funcionário dos EUA, o acordo está em discussão e a decisão final depende do Hamas.
A proposta feita pelo Hamas é a libertação de um refém por dia em troca de dez prisioneiros palestinos, durante 42 dias. O conflito entre Israel e o Hamas teve início em 7 de outubro, com ataques de comandos islamistas que resultaram em um grande número de vítimas. A resposta de Israel foi uma operação aérea e terrestre para conter o Hamas, causando mais de 30.300 mortes em Gaza, segundo o Ministério da Saúde do enclave. A expectativa é de que as negociações em andamento possam trazer um desfecho pacífico para a situação delicada na região.