Durante a coletiva, Dias enfatizou que a Aliança funcionará como uma plataforma independente, onde cada nação participante deverá apresentar seus próprios planos para a redução da pobreza, com estratégias que se mostrem eficazes. O ministro destacou que, apesar de esses planos serem elaborados de forma soberana, os países que necessitam de apoio poderão contar com financiamento de parceiros dispostos a colaborar, o que pode incluir recursos não reembolsáveis e empréstimos com condições favoráveis.
A decisão do presidente argentino, Javier Milei, de se unir à aliança foi alvo de questionamento. Dias explicou que a Argentina já estava envolvida em discussões sobre a questão, e que, embora Milei tenha uma postura liberal em sua administração, o reconhecimento da grave situação de pobreza no país é um passo significativo. O ministro observou que a pobreza na Argentina, que há décadas estava entre os níveis mais baixos da região, agora supera 50%, o que exigiu uma resposta contundente do governo argentino.
Além disso, Dias informou que o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) anunciou um financiamento robusto de 25 bilhões de dólares para apoiar os esforços da Aliança, o que corresponde a cerca de 140 bilhões de reais. Essa ajuda financeira é composta tanto de recursos reembolsáveis quanto de doações, destinando-se a auxiliar países na implementação de suas estratégias de combate à pobreza e à fome.
O engajamento da Argentina na Aliança Global ressalta a urgência de se enfrentar problemas tão críticos e evidencia a necessidade de colaboração entre as nações para alcançar um futuro em que a fome e a pobreza sejam erradicadas.