Milei mencionou especificamente que Villarruel, ao desmerecer o valor de sua posição como vice ao afirmar que recebia “dois tostões”, tem cometido erros que, segundo ele, não são apenas inadequados, mas também “desnecessários”. O presidente alegou que as atitudes da vice-presidente não estão alinhadas com os 57% de votos que sua chapa recebeu, o que demonstra um descompasso entre as promessas eleitorais e a prática política atual.
Essa não é a primeira vez que Milei expressa suas insatisfações em relação a Villarruel. Desde o início de sua administração, a relação entre os dois tem sido marcada por desconfiança, especialmente por parte do presidente e de sua irmã, Karina Milei, que atua como secretária-geral da Presidência. A dinâmica entre o presidente e sua vice lembra a complicada relação entre o ex-presidente Alberto Fernández e Cristina Kirchner, embora Villarruel possua menos poder e influência.
Analistas políticos observam que os embates internos dentro do governo podem comprometer a estabilidade da administração Milei. As disputas de poder e as críticas públicas podem, além de gerar tensão, dificultar a implementação de políticas eficazes em um país que já enfrenta graves crises econômicas e sociais. A insistência de Milei em expor publicamente suas diferenças com Villarruel pode desencadear um ciclo de conflitos que apenas intensificará a agitação política no país.
À medida que a situação se desenrola, é essencial acompanhar como essa relação vai evoluir e quais serão as implicações para a governabilidade da Argentina em um futuro próximo. O contexto atual sugere que tanto Milei quanto Villarruel precisarão encontrar uma forma de coexistirem politicamente, se desejarem evitar uma crise maior que possa impactar ainda mais a já delicada realidade argentina.