As tensões têm aumentado à medida que diplomatas trabalham intensamente para conseguir um consenso sobre esses e outros temas delicados, uma tarefa que se desdobrou até às vésperas do evento. Um dos desafios centrais gira em torno da contribuição que os países em desenvolvimento devem oferecer para combater as mudanças climáticas – uma negociação que, historicamente, gera divisões entre nações ricas e emergentes.
A postura assertiva de Milei traz à tona preocupações maiores entre diplomatas e analistas. Um veto argentino ao comunicado não apenas desestabilizaria o G20, mas poderia também ser visto como um indicativo de uma nova onda conservadora encorajada pelo retorno de Trump ao poder. Para muitos observadores, a reeleição do ex-presidente americano serve como um sinal para que movimentos conservadores ao redor do mundo reavaliassem suas estratégias e abordagens, especialmente nas questões climáticas e sociais.
Essa situação ocorre logo após a primeira reunião de Trump com um líder estrangeiro, justamente o presidente argentino, intensificando as especulações sobre uma possível aliança que pode moldar a política global. A decisão da Argentina de se retirar das negociações na Conferência das Partes sobre o clima (COP29) após esse encontro sugere uma mudança significativa na postura do país em relação às questões ambientais.
Esse cenário é um lembrete de que o próximo encontro em solo brasileiro não é apenas uma oportunidade para discussões globais, mas também um campo de batalha ideológico, onde as direções futuras do conservadorismo e do progressismo estão em jogo. O resultado dessas negociações poderá não apenas afetar as políticas internas das nações envolvidas, mas também impactar os esforços coletivos para abordar crises globais, como a mudança climática.