A manifestação, que também contou com a presença da primeira dama, ocupou um espaço significativo no debate político do país, apontando a insatisfação de apoiadores com as atuais circunstâncias enfrentadas por Bolsonaro. Em sua vez de falar, Michelle foi recebida por gritos enérgicos de “força, Michelle”, um claro reflexo do apoio intenso que ainda possui entre os presentes. Em sua fala, ressaltou o papel de Jair como um líder da direita, caracterizando-o como injustiçado e subjugado, uma narrativa que se alinha com a percepção de muitos de seus apoiadores.
Além de Michelle, o ato teve a presença do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que surgiu como uma figura central, especialmente após promessas de indulto a Bolsonaro, caso se torne presidente. Ele se encontrou anteriormente com Michelle em um almoço e chegou à manifestação ao lado dela, demonstrando uma união entre os que ainda apoiam o ex-presidente. A presença de outros políticos, como o deputado federal Nikolas Ferreira e o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, ampliou a dimensão política do evento.
Esse encontro foi marcado como o quarto ato bolsonarista do ano e o segundo sem a presença direta de Jair Bolsonaro. Nos eventos anteriores, sua ausência foi notada, em grande parte devido às limitações impostas por ordens judiciais. Contudo, a articulação política por parte de Tarcísio tem buscado integrar bolsonaristas e amenizar tensões internas, um movimento crucial em um momento em que o apoio ao ex-presidente continua a ser uma questão polarizadora no cenário nacional.
No entanto, a manifestação revela não apenas o apoio contínuo a Bolsonaro, mas também destaca a luta pela liberdade e a anistia dos envolvidos em processos judiciais, um tema que está no centro das discussões políticas atuais no Brasil. Essa coordenação em prol de um ideal político reflete a persistência e resiliência do movimento, mesmo em tempos desafiadores.