O país latino-americano já atua como uma espécie de segunda fronteira, reduzindo o fluxo de migrantes que buscam chegar aos Estados Unidos. Com as políticas de deportação em massa anunciadas por Trump, o México teve que receber um grande número de solicitantes de asilo que foram rejeitados pelos EUA.
A cidade fronteiriça de Ciudad Juarez está preparando um abrigo temporário para receber os migrantes deportados. Localizado próximo ao muro que separa os dois países, o abrigo terá capacidade para acomodar 2.500 pessoas e servirá como local de acolhimento e possível encaminhamento para outros abrigos da cidade.
A presidente Claudia Sheinbaum afirmou que o México está disposto a receber cidadãos de outros países e ajudá-los na repatriação voluntária. No entanto, as autoridades locais temem que a fronteira mexicana possa ficar saturada com o aumento das deportações em massa.
Organizações internacionais, como a Anistia Internacional, expressaram preocupação com a situação dos migrantes na fronteira entre Estados Unidos e México. Muitos desses migrantes são vítimas de violência e desaparecimentos forçados, sendo frequentemente alvo de gangues mafiosas.
A diretora da Anistia Internacional no México, Edith Olivares, ressaltou que o país não é necessariamente seguro para os migrantes que passam por ele, alertando para os riscos que enfrentam durante sua jornada. Segundo ela, muitos desses migrantes são explorados por grupos do crime organizado, sendo forçados a trabalhar em condições desumanas.
Diante desse cenário, a questão dos migrantes na fronteira entre México e Estados Unidos se torna cada vez mais urgente e complexa, com desafios humanitários e sociais que exigem uma abordagem integrada e colaborativa entre os dois países e organizações internacionais.