O chanceler enfatizou que o consenso alcançado é fruto de um esforço coletivo e que os ministros das Relações Exteriores dos países membros já revisaram o estado das negociações com Maroš Šefčovič, comissário de Relações Interinstitucionais da UE. A presença da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, na cúpula do Mercosul foi considerada um grande indicativo do progresso nas discussões. Von der Leyen sublinhou a necessidade de concluir o acordo, que promete beneficiar ambas as regiões, ao criar um mercado potencial de 700 milhões de pessoas.
Este tratado de livre comércio entre a UE e o Mercosul é uma iniciativa que foi discutida por mais de duas décadas, com um consenso inicial alcançado em 2019. Entretanto, a ratificação do acordo enfrenta desafios, especialmente devido à resistência de alguns países europeus, sendo a França a principal voz de oposição. O governo francês, sob a liderança do presidente Emmanuel Macron, tem levantado preocupações sobre os impactos ambientais e as implicações para a agricultura na Europa.
O Mercosul, fundado em 1991 por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, é atualmente o quinto maior bloco econômico mundial. Além da Venezuela, que encontra-se suspensa, a Bolívia também fez parte desse agrupamento após ratificar sua adesão no último verão. Diante desse cenário, a cúpula do Mercosul e a aprovação do acordo com a UE representam não apenas um passo importante nas relações comerciais, mas também refletem uma etapa decisiva no fortalecimento das relações entre a América do Sul e a Europa.
