Este fenômeno imobiliário em Maceió encontra parte de sua explicação em suas praias urbanas deslumbrantes, que catalisam o turismo e, consequentemente, impulsionam o setor imobiliário. Nilo Zampieri, presidente do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação ou Administração de Imóveis Residenciais ou Comerciais de Alagoas (Secovi-AL), atribui o sucesso à infraestrutura e segurança, fundamentais para o turismo e, por extensão, para o campo imobiliário. Essa segurança melhorada foi crucial para transformar o cenário de uma cidade que, ainda em 2014, era considerada a mais violenta do Brasil.
O apelo turístico não apenas influiu na valorização dos imóveis mas também na tipologia dos lançamentos, com um crescimento expressivo de apartamentos de um dormitório na urbe, que aumentaram 352% em cinco anos, consolidando sua posição como a segunda maior categoria de imóveis lançados na cidade.
Adicionalmente, o impacto da tragédia ambiental associada à Braskem, que culminou no afundamento de parte da cidade, fez com que aproximadamente 60 mil pessoas fossem realocadas, oferendo com isso um novo dinamismo ao mercado imobiliário local. Enquanto programas como o Minha Casa Minha Vida (MCMV) expandem na parte alta, o luxo avança na região litorânea.
Outras construtoras, como a Telesil, despontam nesse mercado, ampliando seu foco para o alto padrão, o que reflete na previsão de um Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 630 milhões até 2024. Já a entrada de empresas como a Engemat, com sua linha Aurus, aplicada ao modelo de condomínio, traz ofertas competitivas, corroborando a tendência de crescimento.
Em setembro, o mercado imobiliário de Maceió se manteve estável, mas acumulou um incremento de 9,22% nos últimos 12 meses. O cenário sugere que a cidade continuará atraindo investimentos e promovendo uma valorização sustentável no setor. Com a cidade oferecendo um ambiente de valorização quase certa, muitos investidores, notadamente do Sudeste e do Centro-Oeste, têm demonstrado interesse no mercado imobiliário maceioense.