Um dos motivos que impulsionam este mercado aquecido é o aumento no número de visitantes. Conforme dados da Aena Brasil, até novembro de 2024, cerca de 2,5 milhões de passageiros desembarcaram na cidade, um volume que eleva a demanda por imóveis, especialmente entre aqueles que buscam uma segunda residência ou investir em propriedades de alto valor.
Ademais, o mercado foi significativamente impactado por uma tragédia ambiental relacionada à exploração de sal-gema pela empresa Braskem, que resultou no afundamento de parte do solo urbano de Maceió, afetando mais de 60 mil residentes. Esse evento fez com que muitas famílias buscassem novas moradias, aquecendo ainda mais o mercado local e disparando os preços, que, de acordo com o Índice FipeZAP, quase dobraram desde 2018. Em 2023, a cidade se destacou por ser a capital com a maior valorização dos imóveis no país, superando cidades como Goiânia, Campo Grande e Florianópolis.
A dinâmica do mercado de Maceió também se estende aos municípios adjacentes, como Marechal Deodoro, onde a construção de mansões e condomínios de luxo se torna cada vez mais comum. As marinas repletas de iates e jet skis dão um indicativo claro de que o público alvo desses empreendimentos possui um elevado poder aquisitivo. No entanto, a compra da casa própria se torna um desafio em meio a juros altos e condições de financiamento restritivas, fazendo com que o futuro dos investimentos imobiliários em Maceió dependa de soluções criativas para manter o impulso do setor.