O Banco Central estabeleceu a meta de inflação em 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Apesar disso, as sucessivas elevações nas projeções de inflação para 2024 têm gerado preocupação entre os operadores do mercado e também pelos diretores do BC.
Faltando pouco mais de uma semana para a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o mercado manteve a previsão para a taxa Selic em 2024 em 10,25%, o que indicaria apenas mais um corte de juros pelo Banco Central.
O Itaú Unibanco revisou sua projeção para a Selic em 2024, aumentando de 10,25% para 10,50%, justificando que, com a expectativa de inflação crescendo, atividade econômica resiliente e maiores incertezas, não há espaço para mais cortes de juros.
O banco também manteve a projeção de crescimento do PIB em 2,3% para 2024, mas destacou que os efeitos das chuvas no Rio Grande do Sul podem impactar o crescimento econômico, dependendo dos próximos dados disponíveis.
Além disso, amanhã será divulgado o IPCA de maio, que pode refletir parte do impacto das chuvas no RS. A expectativa é de que a inflação tenha avançado 0,42% em maio e acumule 3,88% nos últimos 12 meses, segundo levantamento da Bloomberg. A economista-chefe da CM Capital, Carla Agenta, destaca a incerteza em relação ao IPCA de maio, devido ao impacto das chuvas, o que pode influenciar as expectativas e apostas no mercado financeiro.
