Megaoperação do Ibama apreende 1 tonelada de minério ilegal e destrói aeronave em ação contra garimpo na Terra Yanomami em Roraima.



Uma operação coordenada entre o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) resultou na apreensão de aproximadamente uma tonelada de cassiterita, um minério que possui vasta aplicação na indústria, incluindo a produção de tintas, plásticos e embalagens. A ação, realizada no último domingo (2) na Terra Indígena Yanomami, no estado de Roraima, destaca o esforço das autoridades para combater a extração ilegal de recursos naturais em áreas protegidas.

Durante uma ronda na estrada Vicinal Paredão Velho, os agentes encontraram o minério em dois veículos de carga. Os motoristas foram detidos e levados à Superintendência da Polícia Federal para que fossem tomadas as devidas providências legais. No mesmo local, foram encontradas duas antenas Starlink, tecnologia frequentemente usada por grupos envolvidos no garimpo ilegal, que facilita a comunicação em regiões remotas da Amazônia.

Além da apreensão do mineral, uma ação ocorrida na sexta-feira anterior (31) resultou na destruição de uma aeronave Cessna 182P. O avião, que operava no transporte de suprimentos e equipamentos para mineração ilegal, foi localizado em Novo Paraíso, próximo ao Rio Itã. A destruição da aeronave e a inutilização de várias ferramentas encontradas no local, como lonas e embalagens de lubrificantes, visam desmantelar a logística dos garimpeiros ilegais.

Desde o início da Operação de Desintrusão da Terra Indígena Yanomami em março de 2024, foram realizadas quase quatro mil ações de fiscalização, levando à destruição de centenas de máquinas e embarcações, além da apreensão de mais de 143 toneladas de cassiterita e toneladas de outros insumos. O prejuízo ao garimpo ilegal é estimado em mais de R$ 284,5 milhões.

Essas operações não apenas asseguram a proteção territorial das comunidades Yanomami, Ye’kwana e Sanöma, mas também buscam impedir a reocupação ilegal da região, que é a maior Terra Indígena do Brasil, com aproximadamente 9,6 milhões de hectares na fronteira com a Venezuela. As autoridades seguem firmes na tarefa de garantir a integridade desse espaço vital, tanto para a biodiversidade quanto para os povos indígenas que ali habitam.

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