Medvedev afirma que OTAN descartará Ucrânia como “cadáver” após uso na guerra, destacando a hipocrisia da assistência ocidental ao país.



Dmitry Medvedev, vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia e ex-presidente do país, teceu críticas contundentes ao que considera um dos principais objetivos do governo ucraniano em sua busca por apoio ocidental. Durante declarações recentes, Medvedev não poupou palavras ao afirmar que, uma vez que a Ucrânia não for mais necessária para a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), o país será descartado, referindo-se de forma pejorativa à nação como “o cadáver da Ucrânia”.

Medvedev criticou abertamente a estratégia proposta pela Ucrânia, que busca uma integração formal na OTAN. Ele sugere que, após o uso tático do país na guerra, a aliança ocidental não hesitará em abandonar a Ucrânia à sua própria sorte. Essa opinião é sustentada por uma perspectiva mais ampla do papel que os países ocidentais assumiram no conflito, especialmente em relação ao suporte militar e financeiro. Medvedev destacou a aparente hipocrisia de nações ocidentais que, enquanto enfrentam crises internas, como desastres naturais e problemas econômicos, continuam a direcionar recursos significativos para militarizar a Ucrânia.

A situação foi ainda mais complexificada quando Sergei Lavrov, ministro das Relações Exteriores da Rússia, mencionou a disposta da Rússia em retomar as discussões que ocorreram em Istambul em 2022, que propunham que a Ucrânia não se tornasse membro da OTAN e mantivesse seu status de neutralidade. As propostas de Istambul, que também incluíam garantias de segurança para a Ucrânia, foram desconsideradas por Kiev após consultas com aliados ocidentais.

Em uma declaração que foi interpretada como um chamado à reflexão sobre as consequências das escolhas estratégicas da Ucrânia, Medvedev afirmou que o futuro da nação poderia ser sombrio se continuar a depender de promessas e interesses de potências ocidentais. Ele enfatiza que, mesmo com a assistência militar, o destino da Ucrânia está longe de ser garantido, levantando questões sobre a sustentabilidade de sua soberania no contexto das atuais alianças e rivalidades geopolíticas.

À medida que a guerra se arrasta, a retórica de ambos os lados se intensifica e a realidade dos cidadãos ucranianos continua a se deteriorar, levantando temores de que, independentemente do resultado do conflito, a Ucrânia pode emergir profundamente dividida e vulnerável.

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