Médicos buscam renovação do Cremal, órgão que regula a prática médica.



No meio médico altamente qualificado, a normalidade e a serenidade costumam marcar o caráter dos profissionais; porém, essa calmaria é varrida quando o assunto se volta para as próximas eleições do Conselho Regional de Medicina de Alagoas (Cremal), agendada para os dias 14 e 15 de agosto. A votação, que ocorrerá virtualmente, vem agitando debates acalorados de ambos os lados da corrida eleitoral.

O alvoroço se intensifica em meio a sérias alegações que circulam furtivamente entre os médicos, sustentadas por screenshots, gravações e documentos, que denunciam a administração atual – laços fortalecidos de liderança que prevalecem intactos na entidade há mais de três décadas – atolada em condutas consideradas impróprias ou imorais.

Dr. Carlos André, um indignado infectologista vocal, está entre aqueles que criticam a gestão atual e apóiam a oposição. Ele acusa a liderança de conceder diárias dispendiosas sem a devida publicidade de suas finalidades, práticas de nepotismo – exemplificada quando o presidente fez a polêmica substituição de uma funcionária por sua esposa -, defesa do tratamento precoce da COVID-19 sem embasamento científico comprovado, além de apresentação de um relatório de gestão acusado de dissimular e omitir informações cruciais.

Este relatório, decifrado pelo contador Enoque Gomes, experiente em análise de contas públicas, levantou sérias preocupações sobre a falta de transparência. Dentre elas, o absolutamente frustrante fato de nossos representantes do Cremal prejudicarem o bom nome dos médicos de Alagoas ao acusá-los de falsificar atestados de óbito pela COVID-19, como afirma Marília Magalhães, generalista concorrendo como membro titular do Chapa 2.

Acontecem também intensas tensões internas na Chapa 1, com conflitos entre o atual presidente, Fernando Pedrosa, que busca reeleição, e seu vice-presidente, Emanuel Fortes, que aspira ao assento de Fernando ou a indicação de Benício Bulhões para presidência.

Por outro lado, a Chapa 2 vislumbra mudanças propositivas, refletidas através da voz do imprescindível Marcos Gonçalves, pediatra e membro da chapa. Gonçalves destaca várias iniciativas, incluindo ações itinerantes pelo estado para aproximar a comunidade científica, melhorar serviços profissionais, bem como a fiscalização nos ambientes de trabalho para garantir a qualidade dos serviços prestados à população. Diante de tais turbulências, médicos de Alagoas se preparam para uma eleição crucial que historicamente adquire um novo tom significativo.

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