O trágico episódio ocorreu enquanto a capitão de mar e guerra participava de uma cerimônia no Hospital Naval Marcílio Dias, localizado na zona norte da cidade. Um tiro atingiu a cabeça da médica, que chegou a ser socorrida e submetida a uma cirurgia, mas infelizmente não resistiu aos ferimentos.
Segundo o Instituto Fogo Cruzado, das 105 vítimas de balas perdidas neste ano, 23 perderam suas vidas. O levantamento aponta que a maioria desses casos está relacionada a operações policiais, sendo que 60 pessoas foram baleadas durante confrontos com as forças de segurança. Desde 2017, mais de mil pessoas foram vitimadas por disparos acidentais no Grande Rio.
A Polícia Militar do Rio de Janeiro informou que a médica foi atingida durante uma operação da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Lins, após os policiais serem atacados por criminosos na Comunidade do Gambá. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil, que busca esclarecer as circunstâncias desse triste acontecimento.
Gisele Mendes de Souza e Mello era uma profissional renomada, especialista em geriatria, com longa trajetória na Marinha, onde atuava como superintendente de saúde no Hospital Marcílio Dias. Sua morte comoveu a instituição, que lamentou o ocorrido e prestou todo apoio aos familiares e amigos da capitão. A médica ingressou no serviço público em 1995 e possuía o título de capitão-de-mar-e-guerra, demonstrando sua competência e dedicação ao longo dos anos.
O Rio de Janeiro mais uma vez chora a perda de uma vida para a violência urbana, clamando por mais segurança e paz em suas ruas. A morte da médica Gisele Mendes de Souza e Mello serve como um lembrete doloroso dos desafios enfrentados diariamente pela população carioca, que merece viver em um ambiente livre de medo e violência.