MEC Sanciona Cursos de Medicina com Baixo Desempenho e Suspende Vestibular em Medidas para Garantir Qualidade na Formação Médica no Brasil

O Ministério da Educação (MEC) adotou novas medidas rigorosas para supervisionar e avaliar os cursos de Medicina no Brasil, suspenderá vestibulares de instituições que apresentarem baixo desempenho no Exame Nacional de Avaliação da Formação Médica (Enamed). Durante uma coletiva de imprensa, os ministros da Educação, Camilo Santana, e da Saúde, Alexandre Padilha, detalharam essas novas diretrizes, que visam garantir a qualidade na formação dos futuros médicos do país.

A implementação do Enamed, introduzido em abril, faz parte de uma estratégia do governo federal para aprimorar a avaliação desses cursos e mitigar a expansão descontrolada de faculdades de Medicina. Neste ano, o exame será aplicado em outubro, visando os alunos do 6º ano do curso, com a inclusão dos estudantes do 4º ano a partir de 2026. As instituições serão avaliadas em uma escala de 1 a 5; notas entre 1 e 2 serão consideradas como desempenho insatisfatório, desencadeando uma série de sanções.

As medidas podem incluir a proibição de aumento no número de vagas, suspensão de novos contratos no Programa de Financiamento Estudantil (Fies) e até mesmo a suspensão do vestibular, dependendo da gravidade da nota recebida. As sanções permanecerão em vigor até que as universidades consigam elevar suas avaliações. Essas ações visam reformular o panorama dos cursos médios e garantir uma formação de qualidade aos estudantes.

A moratória que limitava a criação de novos cursos de Medicina foi uma medida adotada anteriormente para evitar a degradação da formação, mas mesmo assim, milhares de vagas foram criadas via judicialização. O atual governo busca estabelecer um controle mais rigoroso, seguindo parâmetros definidos pelo programa “Mais Médicos”, que prioriza a formação em áreas com escassez de médicos.

O MEC também iniciará visitas às universidades de Medicina a partir do próximo ano, um movimento que representa um passo significativo na supervisão das instituições. “Queremos critérios rigorosos para todos os cursos”, enfatizou o ministro Camilo Santana. Essa abordagem se traduz em um esforço para moralizar e otimizar a qualidade na formação dos médicos brasileiros, um aspecto que é considerado fundamental para o sistema de saúde do país.

Dentro desse contexto, a análise dos cursos será conduzida pela Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior, em conjunto com o Inep. O governo destaca a importância de fortalecer a estrutura existente para garantir uma fiscalização eficaz, sem recorrer a novos órgãos devido às limitações orçamentárias.

Essa nova fase de supervisão educacional reflete o compromisso do MEC em inovar e assegurar que a formação de médicos no Brasil corresponda às demandas da sociedade e aos padrões de qualidade requeridos.

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