A Justiça não hesitou em decretar a prisão preventiva do homem, que foi preso em flagrante e já passou por audiência de custódia antes de ser transferido para a Delegacia Regional de São Miguel dos Campos. Além da prisão, o acusado será submetido a uma avaliação psicossocial para determinar se possui problemas psiquiátricos, como alegam seus familiares. Segundo eles, o incidente pode ter sido um reflexo de um surto psicótico.
O comportamento agressivo não é novidade para a família, que relata uma mudança drástica na conduta do homem após um acidente de moto ocorrido em outubro do ano passado, que o deixou em coma por alguns dias. Desde então, episódios de violência e ameaças têm sido constantes. A situação era tão preocupante que, no momento da agressão ao gato, familiares buscavam uma internação compulsória como medida de proteção e tratamento.
De acordo com uma das irmãs do suspeito, os esforços para tratar o problema não surtiram efeito, já que o homem recusa medicação e acredita que não há nada de errado com ele. A situação foi agravada por incidentes como tentativas de incêndio na residência familiar, diante dos quais uma segunda irmã do suspeito já obteve uma medida protetiva.
O caso levanta preocupações sobre a necessidade de um sistema mais eficaz para lidar com pessoas em surto psicótico, evitando que episódios de agressão contra animais ou mesmo contra seres humanos ocorram. Enquanto isso, a Justiça aguarda o resultado da avaliação psicológica para decidir os próximos passos no tratamento do suspeito, que poderá ser internado em um centro especializado. Em meio a toda essa turbulência, o filhote de gato resgatado foi filmado recebendo cuidados, sinalizando um desfecho mais ameno para uma história marcada por angústia e violência.