Marinha abre inquérito para investigar pagamento de propina a membros do Comando da Força em base naval no Rio de Janeiro.



A Marinha iniciou um Inquérito Policial Militar (IPM) para investigar a suspeita de pagamento de propina a membros do Comando da Força. Essa investigação foi aberta em 22 de janeiro, logo após a divulgação de que a Polícia Federal havia flagrado um saque de R$ 345 mil dentro da Base Naval em Niterói, no Rio de Janeiro, em 2024. O Ministério Público Militar também solicitou a abertura de uma apuração pela Marinha em 8 de janeiro, com base nas informações coletadas pela PF sobre o saque realizado pelo empresário André Martinez em uma agência do Banco do Brasil dentro da Base Naval.

Com a instauração do inquérito, o objetivo é apurar eventuais irregularidades que possam configurar um crime militar. A intenção é reunir os elementos necessários para que o Ministério Público possa oferecer uma denúncia ou arquivar o caso.

O empresário André Martinez, da empresa Transuniversal Pinturas, possui contratos com a Marinha desde 2011, totalizando ao menos R$ 120 milhões em pagamentos. A empresa também mantém contratos com o Arsenal da Marinha e a Empresa Gerencial de Projetos Navais (Emgepron).

Em resposta às acusações, a Marinha afirmou que não comenta investigações em andamento e reafirmou seu compromisso com a sociedade e com a observância da legislação. Já André Martinez defendeu-se, alegando que os valores sacados na Base Naval eram destinados ao pagamento de funcionários da empresa, que muitas vezes não possuem conta bancária. Ele enviou ao MP Militar documentos que comprovam a prática recorrente de saques para pagamentos.

Martinez negou qualquer pagamento indevido a militares e garantiu que sua empresa sempre agiu de acordo com a lei, ganhando contratos por meio de licitações públicas e seguindo os regulamentos para contratação. Ele explicou que o valor do saque na ocasião era mais alto devido a um acerto de contas com funcionários devido ao término de um contrato com a Marinha.

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