Marine Le Pen é condenada a dois anos de prisão e proibição de cargos públicos por cinco anos em escândalo de desvio de verbas na França.



Em uma reviravolta significativa no cenário político francês, Marine Le Pen, líder da oposição e deputada da Assembleia Nacional, foi condenada pelo Tribunal de Paris a uma pena de dois anos de prisão, além de ser proibida de concorrer a cargos eletivos durante cinco anos. A decisão, proferida pela juíza Benedicte de Perthuis, está relacionada a um caso de peculato, no qual Le Pen foi acusada de desviar recursos do Parlamento Europeu.

De acordo com as investigações, Le Pen e outros membros de seu partido, o Reagrupamento Nacional, utilizaram verbas destinadas a assistentes parlamentares para contratações fictícias. O tribunal apurou que os danos causados aos cofres do Parlamento Europeu totalizam aproximadamente € 2,9 milhões, um valor equivalente a cerca de R$ 16,6 milhões. A extensão do esquema mencionava não apenas Le Pen, mas também outros oito membros de sua legenda, todos considerados culpados pelo mesmo crime, enquanto doze indivíduos enfrentaram acusações por “ocultar informações”.

A juíza enfatizou que, devido às condenações, todos os envolvidos estão impedidos de se candidatar a futuras eleições, uma medida que reflete a unidade do tribunal em garantir a integridade do processo democrático. Além dessa condenação, a promotoria requer uma pena adicional de cinco anos para Le Pen, sendo que três anos seriam em liberdade condicional além de outras restrições, como a possibilidade de cumprir parte da pena em casa com o uso de equipamento de monitoramento.

Este veredito representa um golpe significativo para Le Pen, que, ao longo de sua carreira política, tem sido uma figura polarizadora na França, defendendo políticas nacionalistas e de direita, e frequentemente desafiando as normas estabelecidas. Sua incapacidade de participar das futuras eleições pode alterar o equilíbrio de forças no Parlamento francês e na cena política europeia, uma vez que seu partido tem atualmente um papel proeminente em debates sobre imigração, economia e soberania nacional.

Diante deste cenário, a decisão do tribunal não apenas encerra um capítulo controverso na vida política de Le Pen, mas também levanta questões sobre a responsabilidade dos líderes políticos e a necessidade de um sistema aprimorado de controle das finanças públicas. A repercussão desse caso será monitorada de perto, tanto na França quanto em outras partes da Europa, onde a transparência nas ações governamentais continua a ser um tema central de discussão.

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