Na época, Ana Maria se preparava para uma visita ao Centro de Readaptação Penitenciária de Presidente Bernardes, onde tinha agendado encontros com os fundadores do PCC, José Márcio Felício, o Geleião, e César Augusto Roriz Silva, o Cesinha. No entanto, pessoas ligadas à execução de Ana Maria estavam diretamente ligadas a estes líderes da facção, o que evidenciou uma mudança na postura de Marcola em relação à direção do grupo.
Após a morte de sua esposa, Marcola se tornou o líder máximo do PCC e depôs Geleião e Cesinha da liderança da facção em 2002. Cesinha foi assassinado em 2006, e Geleião veio a falecer por complicações da Covid-19 em maio de 2021. Além disso, pessoas envolvidas na morte de Ana Maria foram perseguidas e executadas por ordem de Marcola.
Desde então, Marcola implementou um esquema empresarial dentro da facção criminosa, que movimenta bilhões de reais anualmente através do tráfico internacional de cocaína. Condenado a mais de 330 anos de prisão, Marcola é considerado o responsável pela transformação do PCC em uma organização criminosa com estrutura e visão empresarial.
A relação conturbada entre Marcola e os fundadores do PCC, sobretudo após a morte de Sombra e de Ana Maria Olivatto, resultou na ascensão do criminoso ao posto de líder máximo da facção. Marcola tornou-se conhecido por seu perfil político, raciocínio rápido e habilidade de influenciar seus colegas de cela, diferenciando-se dos primeiros líderes do PCC. A morte de Ana Maria Olivatto foi um ponto de virada na história do Primeiro Comando da Capital, marcando uma nova era na liderança da facção criminosa mais temida do Brasil.