De acordo com a delegada Ivalda Aleixo, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHHP), Cigarreiro administrava estabelecimentos comerciais no bairro do Tatuapé, zona leste de São Paulo, como um buffet e um empório de carnes, que seriam utilizados para lavar dinheiro. Além disso, ele trazia pessoas do Comando Vermelho para atuar em suas empresas, estabelecendo uma relação de intercâmbio entre as facções criminosas.
Na última quinta-feira (13/2), o DHPP deflagrou uma operação para cumprir mandados de prisão contra os envolvidos no assassinato de Gritzbach. O secretário-executivo da Secretaria da Segurança Pública (SSP), Osvaldo Nico Gonçalves, apontou Emílio Carlos Gongorra Castilho e Diego dos Santos Amaral como os mandantes da execução. Ambos estão foragidos, assim como Kauê do Amaral Coelho, apontado como olheiro no dia do crime.
Segundo as investigações da Polícia Civil, Kauê e Cigarreiro estariam escondidos na Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha, no Rio de Janeiro, enquanto Didi estaria na Bolívia. A complexa teia de relações entre as facções criminosas e os desdobramentos desse caso demonstram a influência e a violência que permeiam o cenário do crime organizado no Brasil. O desfecho dessa investigação é aguardado com expectativa pelas autoridades e pela sociedade, que esperam por justiça e pela desarticulação dessas perigosas organizações.